- Até amanhã – sussurrou em seu ouvido após um longo e apaixonado beijo sobre a soleira da porta de entrada, que nesse caso servia de saída.
Por mais difícil que fosse a despedida, por mais que o desejo de ficar exalasse por seus poros, ela seguiu em frente, vigiada pelos olhos do amado até dobrar a esquina, onde se tornou apenas um rastro de perfume.
Fechou a porta e seguiu em direção a poltrona de couro – ainda com cheiro do amor que minutos antes fizera. Sentou-se, encheu sua taça com o que sobrou da garrafa de vinho – lembranças de sua amada o faziam sorrir – colocou para tocar um bom fado portugês, e morreu de amor.
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