quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Deserto

Meu caminho não é de tijolos
Muito menos tijolos amarelos.
Eu ando descalço na terra.
Os pés já calejados
Desviam das pedras que encontro,
Autônomos de tanto andar.

A poeira do vento me arranha,
O sol escalda meus cabelos desgrenhados,
O suor venda meus olhos,
Mas o desejo me impede de parar.

O calor me ilude por entre a areia
A sede deixa minha alma árida
Mas enquanto houver verde
Vida no solo do meu coração
Jamais vou desertar

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